Tenho calos na alma.
Na alma calada!
Brotaram feridas, do nada, de nada, em cada.
Abriram-se bolhas
No meu etéreo fatigado.
Corte fundo.
Abre o mundo,
dentro de mim.
E dentro de mim renasce
O que fôra face
do que foi feliz.
(foi? não me lembro. eu quis..)
O perfume me enjoa
me enjoa a vida e a realidade
me enjoa a não - verdade
Virei um emaranhado desajustado
neorótico
de pura saudade.
É não, frustração, eu vi!
E nunca é no meu tempo
que o seu tempo cansa.
O problema de libra, é a balança.
Que não balança no ritmo da modernidade.
Me lembro que eu já fui sã
sadia, menina, pura, corria.
Me lembro que já fui boa
alegre, leve, amorosa, voa.
Já estive no céu.
(parece que foi há séculos...)
Hoje?
Hoje sou ajuntamento de palavras
rimas, entrepondo-se ou separadas.
Fazendo sentido, ou desajustadas,
Já fui nada, todo dia.
Mas hoje...
Hoje?
Hoje eu sou poesia.
~~
"Cuidado!! Pessoas sofridas são perigosas , pois sabem que podem sobreviver..."
(dialogo do filme Perdas & Danos)
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