o silêncio das coisas que eu não digo
é o imenso das coisas
que eu penso.
e é que eu não paro de pensar
em como as coisas mudam rápido
correndo correndo correndo
mais rápido do que eu custo a me acostumar
(me acostumo ou me finjo pra não destoar?)
o caso é que eu nunca vejo as coisas como são
dentro de cada olhar, na pupila dilatada
na retina que cretinamente tenta alguma coisa captar
há sempre tanto de coisas que já passaram
projeções, transferências, ideias, expectativas, ilusões
eu sempre me vejo no que vejo
me vejo mais do que vejo o que vejo
nem o óculos corrige estas inaptidões
é sincero quando digo
com o coração meio lascado, meio fodido
que eu só consigo tirar da cabeça
o que eu já tirei da agenda
da vida
do convite
da despedida
da programação
da rotina
da descontração
e, acredita
já tirei até do meu coração.
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