Não sou do tipo esotérica (embora talvez goste de - e acredite em - algumas coisas místicas) mas em Setembro, eu viro uma verdadeira Libriana : com direito a balança pendendo ora pra oito, ora pra oitenta.
O fato é que Setembro por si só já me deixa feliz, com outra energia, com outra libido, já solta o meu lado florzinha da primavera. Isso significa que desde o dia primeiro, eu tenho sido bem feliz - embora exatamente agora não, porque vou ser mesárias nas eleições, porque estou gripada e porque estou cansada, ideologicamente cansada [sobretudo, de mim] - e é justamente disso que eu quero falar.
Cansei: do meu descaso com os estudos esse semestre, do jeito que algumas pessoas me desgastam por fugirem da direteza e apontarem para a embromação sentimental (na minha balança, ou é ou não é, sabe?) e cansei de estar cansada de tudo isso quanto é efemêro e me deixa descrente e sem vontade de continuar...
De novidade: Cansei de mim. De ficar dizendo que tudo é efêmero assim.. E eu? Sou tão orgulhosa, preciso tanto estar certa, estar protegida, ser forte, ser foda que não deixo que as pessoas percebam as sutilezas - quero ser abraçada e acarinhada enquanto doente, quero receber bilhetes inesperados, quero um pôr do sol. Como posso criticar que os outros vivem coisas rápidas demais e deixar que o meu jeito 'duro e dificil' de ser também não me deixe viver com intensidade as coisas?
No primeiro "esse cara quer me fazer de otária" lá vou eu indo embora sem pensar se ele realmente queria, sem ponderar que convivência e relacionamento são exercícios diários de paciência, tolerância e apoio mútuo... mas eu fico tão preocupada em não PARECER babaca sentimental-enrolada-pelos-homens-que-comem-todas-as-mulheres-masócomigonão! que eu vou logo indo embora. Digo que todo mundo tem que ficar, perdoar, permitir, dar asas, contornar a expectativa, perseverar.. e vou embora - assim como todos que eu critico. (embora por motivos divergentes, ainda assim são motivos individualistas!)
Cansei de esperar por esse homem que eu idealizei e que não tem medo de mim, e que não se importa se eu não consigo acreditar - vai dizer o que tem pra dizer, vai sentir o que tem pra sentir e pronto.
Canso tanto de me repetir...
Acho que preciso de críticas para sair do meu lugar-comum-abobado.
Eu quero me subverter.
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