Escrevo
porque não sei fazer mais nada
Escrevo sobretudo,
quando o dia que habita em mim é madrugada
Escrevo, pois
sem cerimônia, sem hora marcada
Escrevo mentalmente
no meio da aula, passeando no shopping, subindo uma escada
Escrevo
para transpor o que ouvi calada
escrevo para exaurir
tudo o que torna minha voz embargada, toda a dor que me deixa engasgada
Escrevo sobre tudo
que me faz pensar, que me alegra, que me dói, que me amarga
Escrevo escrevo escrevo
como se isso me concedesse uma pessoal resposta respaldada
Escrevo na esperança
de um dia ser desvendada
Escrevo por escrever
e por isso faço da minha arte a morada mais sagrada.
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