O desânimo não é bom companheiro
Nem mesmo minimamente inspirador
Para uma poesia, para um devaneio,
para um conto, uma idéia, uma história de amor...
O desânimo não faz rimas, não tem perspectivas
Não destrincha temas, não combina palavras
Apenas persiste desanimando o corajoso poeta, o dedicado ensaísta
Inimigo do lirismo, do sutil – ele manda o sublime ás favas.
O desânimo não deixa ir para a rua colher temáticas
Não deixa o cérebro maquinar histórias
Ele me faz ficar por aqui, deixando somente essas estrofes estáticas
E ele se vangloria de me ter vencido – sua glória.
(mas ele não imagina
que no fim inspirou assim
três estrofes de rima
sobre as consequências de ele ter se instalado em mim)
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