Domingo, 12 de Setembro de 2010

o silêncio das coisas que eu não digo

é o imenso das coisas

que eu penso.

 

e é que eu não paro de pensar

em como as coisas mudam rápido

correndo correndo correndo

mais rápido do que eu custo a me acostumar

(me acostumo ou me finjo pra não destoar?)

 

o caso é que eu nunca vejo as coisas como são

dentro de cada olhar, na pupila dilatada

na retina que cretinamente tenta alguma coisa captar

há sempre tanto de coisas que já passaram

projeções, transferências, ideias, expectativas, ilusões

eu sempre me vejo no que vejo

me vejo mais do que vejo o que vejo

nem o óculos corrige estas inaptidões

 

é sincero quando digo

com o coração meio lascado, meio fodido

que eu só consigo tirar da cabeça

o que eu já tirei da agenda

da vida

do convite

da despedida

da programação

da rotina

da descontração

e, acredita

já tirei até do meu coração.

 



publicado por Juliana Correia às 22:32 | link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

mais sobre mim
Setembro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

13
14
15
16
17
18

19
20
21
22
23
24
25

26
27
28
29
30


posts recentes

inferno astral

Descortinado

A arte do impossível.

Pouso.

Nanquim.

Brigitte Bardot

Sapatilhas.

Não é assim que a banda t...

Vulnerabilidade

História musicada auto-ex...

arquivos

Setembro 2010

Janeiro 2010

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

links
blogs SAPO
subscrever feeds