Quisera eu que a ansiedade fosse pra longe. Que esse esperar cirurgico ou esperar paulista se resolvesse logo, como mágica de festa de criança. Quisera eu ter todos os pontos nos i's ou nem sequer ter esse trabalho de ter i's para acentuar. Eu queria tempos de delicadeza. Eu queria saber fazer poesias, mandar letras de música, surpreender com cartas ou cartões feitos a mão. Mas eu não sei. Eu só sei fazer esse muxoxo chato, de quem pede pra a pessoa ir embora de tanto querer que a pessoa fique - só porque, com a falta já sabe brincar, mas acha que a presença é a eminência da falta e pira na batatinha com isso. Eu queria saber não duvidar. Queria me permitir levar a sério e ser levada a sério. Eu queria saber dizer as coisas sem me sentir ou completamente fria ou absurdamente idiota. Eu queria era dormir abraçado e acordar amassado.
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