Terça-feira, 31 de Julho de 2007

"Tire a sua alegria do caminho que hoje eu vou passar com a minha tristeza..."

+

"O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não

(....)

Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de
mim, sim?"

 

 

(A primeira música me falha a memória o nome, a segunda é Leve de Chico Buarque.)


música Ana Carolina - Quem de nós dois.

publicado por Juliana Correia às 14:01 | link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

Segunda-feira, 30 de Julho de 2007

"Não importa quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam e não há nada que você possa fazer para mudar isso."

 

Shakespeare.



publicado por Juliana Correia às 15:26 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Sábado, 28 de Julho de 2007

Você diz que ainda é cedo, eu já acho que já tá tarde demais. Você tem a prática da independência, eu ainda tô vivendo de ideais. Você e o seu atum, eu e minha salada. Você e seu mundo, eu na minha sacada. Você vê o mundo assim, eu vejo incansavelmente ao contrário. Você fica no próprio umbigo, eu pareço a mãe de todos. Você não se importa, eu sofro. Você diz que eu te irrito, você me aborrece. Você me pede paciência, eu tenho pressa. Você tem pressa, eu te peço calma. Você é seguro, sabe o que quer, e o que tem - isso me deixa louca, eu que tenho tanto medo que meus castelos sejam de areia e que a primeira onda me deixe sem abrigo, só. Você tem medo, eu tenho passado. Eu falando pelos cotovelos, você todo calado. Pra você, tanto faz. Para mim vale tanto. Pra você "me empolgo aqui com o trabalho, e esqueço do mundo, de tudo, até de você." Para mim "tô brigando com ele, espero que caia um raio e o parta em dois pedaços, mas...será que ele tá com fome? é, acho que vou pedir algo pra ele comer...". Para você, não sei, não entendo. Eu tento, tento, tento.

Para você talvez não seja nada, ou talvez seja vencer o medo e tentar ser feliz - talvez nem você tenha decidido, você as vezes me ganha de graça, me ganha com garra e em outras não me perde por um triz. Para mim é rcomeço, página em branco que eu quero escrever, meto as mãos pelas pernas, te cubro de beijos, te estrago de raiva, te deixo maluco...não sei se é amor. Você quer me abraçar, eu quero te esmurrar. Como pode alguém me deixar inimaginavelmente feliz e depois triste de perder a raiz?

Você não tem experiência. Eu não tenho razão. O que você acredita, pra mim é piração. Você sempre quer desistir, ou melhor, quer que eu desista. Eu sempre quero continuar, ou melhor, quero que a mim você não resista. Você quer construir e acha que isso é tudo. Eu quero construir e acho que isso se faz na prática. Você - eu não sei, mas você sabe. Eu te adoro e não quero te perder. Você se confia e esquece, não protege. Eu estou sempre com os olhos abertos em você.

Você não fala o que sente. Eu falo, escrevo, indireto, direto, reescrevo. Para você, cansaço. Para mim, desejo. Para você falta tempo. Para mim falta ocupação.

 

 

Você vai acabar indo embora, e eu vou chorar - mas não vou te pedir pa ficar, afinal, você sempre sabe o que está fazendo, enquanto eu estou apenas tentando sempre equilibrar.

Você vai acabar se acostumando, e eu vou ficar aqui, tentando costurar esses laços vulneráveis que você vai me deixar. 


música Caetano Veloso - Você não entende nada.

publicado por Juliana Correia às 22:43 | link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Sexta-feira, 27 de Julho de 2007

Caro amor encerrado,                                               data/ local

 

Seria muita insensibilidade da minha parte ir embora assim, sem lhe dizer algumas palavras de despedida, sem explicações ou agradecimentos, sem mesuras ou sem a mínima cerimônia. Não vou mentir: é um alívio encerrar você, te colocar para fora, extirpar tudo - menos a experiência, que é o peso que é inerente a carregar, que é o explicíto que se faz visto em todo gesto, em toda palavra, que é o que ficou mesmo até de quem não ficou - tudo que veio de você.

Não sou injusta, portanto admito e agradeço até, os momentos bonitos, os momentos felizes e os aprendizados que você trocou comigo, sejam por que você quis me ensinar ou, veja bem, porque você no seu imenso egoísmo me machucou de maneira que eu aprendi a me defender. Querendo ou não, você me transformou - mas não se dê ao direito de ficar presunçoso por isso, no fim das contas foi mais pela dor do que pelo amor em si. Foi mais sem querer, do que querendo. Mas isso já não importa, não é?

Quero que você saiba que sim, me arrependo de muitas coisas, tenho vergonha de tantas outras e que se fosse possível, faria tudo diferente - não por você, mas por mim. Aliás, aprendi com você a pensar em mim primeiro. Essa carta não é para te machucar. Machucar alguém é coisa de quem se aliena, de quem não conhece o poder verdadeiro da palavra amor, que não tem noção do humanismo da condição de existir. Não te quero mal - porque eu não desejaria esse tipo de coisas - mas que você merece sofrer, merece. Para entender que isso não se faz. Ninguém pode extirpar a esperança de uma vida.

No fim das contas, esse é o 'um beijo, tchau' da gente. Aqui, você já não acha abrigo, já não se faz mais lar, você se fez esquecido. Não sinta-se importante por eu te escrever. Escrever é o que eu faço com tudo. Sinta apenas que eu respeito o que eu vivi, e você fez parte disso. Daqui em diante, sigo sem você, e apostando que será melhor.

 

Assinatura do remetente

 

 


música Gilberto Gil - Drão.

publicado por Juliana Correia às 15:22 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Quinta-feira, 26 de Julho de 2007

Ela subiu antes dele. Dois anos antes para ser exato. Foi inesperado, num acidente de carro. Ela subiu, encontrou São Pedro para lhe abrir as portas, reconfortou-se com harpas e nuvens, mas achou aquilo meio tedioso, meio melodramático. Sentiu falta dele, e falta das caretas dele enquanto brigavam e das noites na varanda comendo founde ou do tango que costumava rolar na casa do casal de amigos argentinos. Ela sabia que ia espera-lo e pronto, no casual encontro, o amor sobreviveria sim. Na verdade, se aprimoraria, pois eles estavam no paraíso.

Ele ficou triste, tão triste que definhou. Não conseguia esconder, fechava as cortinas da alegria, se escondeu num luto. O tempo foi passando, e ele sentindo falta de conversar com ela, de dormir com ela falando, como alguém podia falar tanto meu Deus? Sua vida tinha perdido a conversa, tinha virado silêncio. Até o dia que numa esquina, ele teve um infarto fulminante e se foi.

Chegou lá em cima, atordoado, naquela sensação de quem não entende o que se passa. Um misto de susto e de aflição. Ela soube que ele chegara. Se animou toda para conversar com ele, saber das boas novas, perguntar o que lhe tinha acontecido. Ele queria vê-la, beija-la, ama-la. O encontro se deu numa nuvem. Sorrisos gigantes bailavam nos lábios. -

- Laura, eu senti tanto a sua falta.

- Raul! Eu já não vejo motivos pra dizer que esse amor não tem o seu lugar. Você está tão magro, o que lhe aconteceu?

Ele sorriu enternecido. Aquele jeito maternal tinha lhe feito tanta falta.

- Eu tive um infarto, mas isso não tem tanta importância, tem?

- Não..no fundo não, o que vale é que estamos aqui juntos...

- O amor é tão maior, que estamos sós no céu, né?

- Não necessariamente sós. Mas veja você, aonde é que tudo foi desabar né?

- A gente só queria um amor...

- Mas agora, o amor já desvendou nosso lugar e agora está de bem!

- Laura, me abraça forte agora..que é chegada a nossa hora...

Um abraço. No céu. Uma conversa. De botas batidas. Um reecontro de almas. Dizendo coisas que no meio de tanta paz já nem precisavam ser ditas. Mostrando o amor, até mesmo depois do fim das vidas.

- Laura, Deus parece as vezes se esquecer da gente né? Eu fiquei tão só sem você.

- Ai, não fala isso por favor! A gente está no céu.

- Hum..desculpa.

- Vem, vamos além. Vão dizer que a vida é passageira, sem notar que a nossa estrela vai cair...

- Você me mostra as coisas do paraíso?

-Só começou a ser paraíso agora, que você chegou...

-

Do outro lado do portão, São Pedro sorri e balança a cabeça..."Tanto tempo com saudade, e se encontram para uma conversa de botas batidas...uma dessas que não muda mais nada...mas que ainda vale tanto..."

 

 

 

(Em vermelho: citações da música Conversa de botas batidas, do grupo Los Hermanos.

Em tempo: conto inspirado na letra da música! :)


música Conversa de botas batidas - Los Hermanos

publicado por Juliana Correia às 16:37 | link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Terça-feira, 24 de Julho de 2007

O amor, invariavelmente, dá o braço a raiva, ódio velado.

Seja no ciúme - oculto ou declarado.

Seja pela desmesura de não saber lidar comigo e com meus jeitos e expectativas

E crenças e loucuras, e angústias desmedidas.

 

Seja pelo jeito manso que revira quando em mim já virou sangue

Seja por não perceber que deu o tiro, que me bagunça, que me tange.

Seja pela inocência de não compreender como me tranquilizar

Seja pelo simples ato de com tudo isso não se atordoar.

 

Ainda bem que a raiva é passageira

mas como dói ter ela se espreitando ligeira

pelos caminhos aonde deveria estar semeado

o belo, imenso, feliz - sentimento sagrado.

 

 

 

 

 

 


música Natiruts - Iluminar.
sinto-me ninguém merece vadias.

publicado por Juliana Correia às 17:06 | link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

Segunda-feira, 23 de Julho de 2007

É coisa de signo

Estava no horóscopo, nas estrelas, nos astros,no zodíaco

É coisa da vida torpe, do gauche, foi por vontade, por desígnio

Que minha boca se curvou aos vai e vems do teu corpo, incluindo o teu ilíaco.

 

De forma bruta e entorpecente

Os nossos corpos se chocaram com fugacidade

Me escrevi em você com pressa, com boca, saliva, dente

E de me perder em você, me encontrei de verdade.

 

Nas noite que acompanho a previsão

Busco saber, signo de fogo, aonde está você para me acender?

Luxúria, volúpia, ardor, tesão.

Aquela lembrança da sensação que tanto quero estender.

 

Signo de fogo, do mistério, do simplismo.

Sensualidade beirando a loucura

Um corpo que foi meu abismo.

O pior? Não quero saber da cura.


música Madonna - Like a virgin

publicado por Juliana Correia às 21:00 | link do post | comentar | ver comentários (6) | favorito

Sexta-feira, 20 de Julho de 2007

o ódio pode ser algo tão infinito que não cabe em nenhuma palavra.



publicado por Juliana Correia às 21:39 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Quinta-feira, 19 de Julho de 2007

Se a gente deixa os sentimentos controlarem a gente, viramos bonecos de fantoche. Ficamos despendurados por fios invisiveis de desejo, medo, amor, alegria ou tristeza. Ficamos presos e enlaçados, sem poder sair do lugar - mesmo que queiramos nos libertar das amarras, fica muito difícil. Ficamos ali, alheios a nós mesmos, fazendo como que por impulso coisas das quais vamos nos arrepender - ou que, racionalmente, sabemos não serem as melhores. Fujimos de compromissos porque estamos vomitando de medo, não vamos a um ótimo lugar conhecer pessoas novas pois estamos travados de vergonha ou declaramos tanto o nosso amor que de sublime, ele passa a banal.

E se você compartilha sentimentos com alguém, torna-se ainda pior, porque os teus fios de fantoche se prendem no companheiro também e a vida dessa pessoa vira um inferno - pois você, preso aos seus sentimentos, acaba sufocando-a com tantos medos, angústias ou cobranças - ou, veja só, com tanto amor. E justo aquela pessoa que você quer fazer tão feliz, acaba infeliz as suas custas.

É muito difícil controlar o que se sente - inicialmente, é impossível - por isso as pessoas reagem com impulsos nervosos. Se ele(a) sumiu, a vontade é ligar, perguntar porque, gritar, brigar e derivados nada pacientes. Se ele não liga, a vontade é de roer todas as unhas, ligar e fazer cobranças. Se ele não sabe ser fofo, a loucura quer escrever um livro para ensina-lo.  A questão é : O que se ganha com isso? Nada. Nada feito na impulsividade pode trazer resultados dos quais não nos arrependamos.

 Se expõe vulnerabilidade, desgasta-se o relacionamento e perde-se a sintonia. Se permite a infelicidade gratuita. Aquela que poderia ter sido evitada...

Na hora da vontade suprema de gritar, cobrar, se deixar controlar...Controle-se você mesmo, ué. Racionalize as coisas. Se não ligou é porque deve estar ocupado. Se não mandou mensagem é porque deve ser tão alheio que não sabe da importância daquela mensagem para você. E pronto..e nada de voz de birra quando ele ligar, hein?!

Ter algum controle sobre o que se sente é essencial, no fim das contas.


música Natiruts - Quero ser feliz também

publicado por Juliana Correia às 13:59 | link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

Quarta-feira, 18 de Julho de 2007
Você controla os seus sentimentos...ou eles controlam você?


publicado por Juliana Correia às 22:26 | link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

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