Terça-feira, 29 de Maio de 2007

"Queria que você soubesse que você é o empurrão que faltava. Sinto medo ainda, e aflição e angústia de vez em quando, fico muito tempo pensando no que foi, em como quero que seja, no que poder vir a ser. Você já sabe que eu sou assim,né? Mas no fim, quero que você saiba que com você quero deixar tudo fluir, sem planejar, sem esperar. De repente, se eu imaginar, planejar ou esperar você chegou e me fez mais forte e me deu vontade, e alegrou os cantos ainda tristes. No fim, ainda bem que você vive comigo, porque senão, como seria essa vida?"

 

 

Gabriel apenas olhou e sorriu, era a chance que ele queria para provar que podia fazê-la feliz. Aquele bilhete lhe dava o que ele havia esperado tanto : possibilidade.


música Chico Buarque - Eu te amo

publicado por Juliana Correia às 19:29 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Domingo, 27 de Maio de 2007

Para mim o amor é muito pessoal, vai muito do que você viveu, do que você aproveitou, do que você sofreu, a partir daí você constrói o seu entendimento, a sua expectativa. Mas para mim o amor e a felicidade só fazem sentido dentro do ser "contente", que ao pé da letra é estar bem, estar dentro dos seus limites de importância. Se você só se contenta com Brad Pitt, Orlando Bloom não te diz nada. Se você se contenta com qualquer migalha de amor, não luta por nada melhor. E assim sendo, o amor tão universal, é singular para cada um! ( e assim sendo, ninguém que ler meu poema precisa concordar ou desejar as mesmas coisas...)

------------------------------------------------

Poema Entrelinhas;

 

Não gosto do óbvio, estampado.

Prefiro o anexo, feito com fervor

Fervendo de paixão, angústia ou desamor.

Ou até quem sabe, a entrelinha, aquilo que foi imaginado...

 

Ás vezes, eu espero, ansiosa, que você chegue sem que eu perceba

Não anseio por flores ou chocolates, talvez alguém que sonhe comigo

Que olhe pra frente, pro horizonte, e que mesmo com medo – ainda tenha um sorriso.

Outras vezes eu esqueço, já lido com a solidão sem estranheza.

 

Não acredito e nem quero esse amor de novela

Nada de amor o tempo todo, nada de felizes para sempre

Não quero ficar sufocado,inseguro,perdido - quero apenas a felicidade presente

Dure ela muito tempo, ou uma única primavera.

 

Nem deposito minhas soluções em você

Sou completa e segura, sei que vens pra acrescentar

Nunca impedir, entristecer, agonizar.

O amor que eu acredito não é prisão, é renascer.

 

Espero você, pra a gente olhar as estrelas, ser nós mesmos

Para discutir a inflação, visitar um museu, comer uma salada

Para dormir na chuva, dançar até cansar, não fazer nada

Não vamos precisar de muito mais, além da segurança de nos sabermos!

 

Vamos dar risada de quem duvidar que a gente se entende

Teremos piadas próprias, ligações secretas, insanidades.

Também discussões, divergências, individualidade.

Vamos crescer juntos ao acreditar no que a gente sente.

 

E o que a gente sente não vai ser proclamado

Seremos discretos, amigos e enamorados

Seremos felizes quando juntos e felizes quando separados

Acredite com certeza, o amor que eu acredito é jamais banalizado!

 

Juliana Correia

 



publicado por Juliana Correia às 19:16 | link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

Quinta-feira, 24 de Maio de 2007

 Naquele tempo éramos rosa choque

Metáfora do amor agudo

Duas mãos, dois sorrisos, dois corpos ao toque

Toda a presença confortante do diálogo mudo.

 

Alcançamos o êxtase do branco celestial

Paz completa, segurança pro meu peito

Na certeza de um sólido respeito primordial

Encontro Deus e agradeço, pelo alívio com que me deito

 

Esmorecemos para o azul do céu

Sonhos revirando agitados como o mar

No içar das tuas velas nosso beijo perde o mel

Eu espero a tormenta passar

 

No verde esperança

Guardo as lembranças coloridas

Tempo de amor, tempo de bonança

Enlaçando as nossas vidas.

 

Caímos no démodé, old school

Preto & branco Existe charme no cru?

Sem maquiagem colorida, conhecemos a rotina sem encanto

(“sinto muito”;”sinto tanto”)

 

 A paixão ficou cinza

Virou copo quebrado, jornal bagunçado

O amor conhece as fases, sente o clima

Esperamos seu novo tom, impacientes e emburrados

 

Ele vem em tom pastel, delicado

O que era ímpar já se tornou banal

Os carinhos só ficaram no nosso retrato desbotado

Descobri num espasmo que com o tempo até a tinta julgada especial descolore e se desmancha igual.

 

Espumamos no vermelho

Ouço gritos, vejo choro, a porta batendo...

Aonde foram os abraços, os risos, os conselhos?

O meu vermelho coração só se remoendo...

 

Chega o enfim fim preto

Toda dia da sua ausência é escuro.

A minha solidão inaceitável vem em tom negro

Percebi, já tarde demais, que não existe amor puro.

 

 É aquarela de fases e momentos

Que precisam ser vividos cor a cor

Pois sem os desfoques e desbotes

Não aprenderíamos a colorir o amor!

 

(E a entender que ele atravessa a ponte

 Mas que toda cor pode ser fonte

De uma interpretação.

Que com um pouco de resignação

Tudo se enfrenta, tudo passa

É uma questão de cuidar do coração)



publicado por Juliana Correia às 20:58 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Quarta-feira, 23 de Maio de 2007

Pula da minha alma para o papel

Não necessariamente é poesia.

É como vida, mistura de mel e fel

Ora cheia, ora vazia

 

Sem o motor da inspiração

Não nasce poema ou existência

Nem tudo pode ser coração.

Tortura que fosse tudo penitência!

 

Vida metáfora,  escrever de comparação

Dia a dia, letra a letra

Vão virando a construção

Daquilo que jamais se esconde ou espreita – a essência.

 

A vida é o que acontece

Enquanto eu escrevo e você lê

É filme branco e preto, talvez bege

Que todo mundo quer ver

 

Mas atuar é se subverter ao insustentável do ser

Entender o amor – dói

Se o telefone não toca – uma unha se rói

Se guardar rancor – se corrói

Tudo que vai pro papel escapa do viver

E se faz vida por ser sentir

O que já não se sabe dizer.

 

[Sempre que rolar algo que seja válido de ser exposto, estará por aqui]



publicado por Juliana Correia às 16:36 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

mais sobre mim
Setembro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

13
14
15
16
17
18

19
20
21
22
23
24
25

26
27
28
29
30


posts recentes

inferno astral

Descortinado

A arte do impossível.

Pouso.

Nanquim.

Brigitte Bardot

Sapatilhas.

Não é assim que a banda t...

Vulnerabilidade

História musicada auto-ex...

arquivos

Setembro 2010

Janeiro 2010

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

links
blogs SAPO
subscrever feeds